Monumento Francisco Lucas de Barros

A estátua de Francisco Lucas foi construída em 2020 e está afixada na praça que leva o mesmo nome, no bairro Cidade Nova. O monumento possui 4,5 metros de altura e foi construído com materiais reciclados, valorizando a conscientização ambiental e a proposta de que tudo se renova. A ideia teve como objetivo homenagear o seringalista Francisco Lucas de Barros, que emprestou seu nome ao município. Francisco Lucas de Barros nasceu no dia 18 de outubro de 1874, na antiga São José dos Cocais, atual Nossa Senhora do Livramento, em Mato Grosso. Ele faleceu em sua casa, na rua Tenente Joaquim de Albuquerque nº 1, bairro do Porto, em Cuiabá, no dia 11 de abril de 1945, vítima de septicemia (sepse ou sépsis: infecção no sangue). Filho de José de Barros Maciel e Mariana Marques de Barros, Francisco Lucas se casou às 16h de um sábado, dia 31 de março de 1894, com sua sobrinha Mariana Leite de Barros, uma ilustre dama cuiabana, filha do tenente Manoel Wenceslau de Barros. Para se ter uma ideia, os paraninfos dos atos civil e religioso foram o coronel Antônio Leite de Figueiredo, capitão Fernando Leite de Figueiredo, tenente Benedicto Ezequiel de Barros e Raimundo Augusto de Figueiredo todos membros da alta sociedade cuiabana. Por volta de 1905, Francisco Lucas iniciou a exploração da borracha em Mato Grosso. Iniciou sua vida como comerciante com um dos maiores armazéns no bairro do Porto em Cuiabá e, em seguida, se associou com Arthur de Campos Borges, a Sociedade Mercantil Lucas Borges & CIA, com sede em Cuiabá e filial na Vila do Rosário, atual Rosário Oeste para atuar na extração de borracha, nas terras do Rio Verde. Mais que um seringalista, ele era uma das figuras mais proeminentes e importantes de Mato Grosso. Francisco Lucas recebeu várias patentes do Governo Federal: de tenente, capitão, major, tenente-coronel e, finalmente, coronel, em 1912. Ao mesmo instante em que explorava a extração de látex, convivia no meio político e social de Cuiabá de forma intensa. Devido ao seu prestígio junto ao Governo Federal, Francisco Lucas adquiriu muitas terras no Médio-Norte mato-grossense. Tanto as terras onde hoje é parte do município de Nova Mutum, quanto as terras de Lucas do Rio Verde, pertenciam ao coronel Francisco Lucas de Barros. Um resumo rápido de sua trajetória na vida pública aponta para o ano de 1895 e 1896, quando foi patenteado tenente. Francisco Lucas foi nomeado também como delegado do segundo distrito da capital Cuiabá. Em outubro de 1898, ele já era capitão. Seguiu subindo de patente até que em 1912 se tornou coronel. Os negócios cresceram de forma estrondosa e, em 1913, estava como o número 1 da lista dos 15 maiores contribuintes de impostos sobre indústrias e profissões do Mato Grosso. Além do escritório na então Vila do Rosário, o coronel Francisco Lucas tinha um barracão no Piavoré, atual cidade de Lucas do Rio Verde, onde eram gerenciados os negócios da exploração da borracha. No barracão se encontrava todo o aviamento para os seringueiros e lá se recolhia toda a borracha produzida. O coronel Francisco Lucas contava com cerca de 350 homens envolvidos na extração do látex nas terras do Rio Verde.
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