Com alta tecnologia e elevados índices de produtividade, a agricultura de Lucas do Rio Verde desponta como uma das mais eficientes e foi fundamental para rapidamente firmar-se entre os mais importantes pólos do agronegócio de Mato Grosso e do país.

Responsável por 1% de toda produção brasileira de grãos, embora sua área ocupe apenas 0,04% do território nacional, o município agora ingressa de vez no seu segundo ciclo econômico. Um processo que evoluiu a partir de 2005, com o início da implantação da Usina Canoa Quebrada – um investimento gerador de mais 28 megawatts de energia que entrou em operação no início de 2007 e se consolida com a chegada de gigantes da indústria de transformação de alimentos.

Com o agronegócio em franca expansão e o impulso dado para a verticalização da economia, Lucas do Rio Verde abre caminho para se tornar muito mais que um produtor primário altamente tecnificado e modelo de vida comunitária. O incentivo à instalação de novas empresas – através da isenção de impostos e da disponibilização de lotes subsidiados com toda a infra-estrutura necessária – evidencia a preocupação com o desenvolvimento sustentável e o equilíbrio social.


A agricultura é a base inicial de sustentação de uma economia, ou seja, toda a sustentação econômica de um município ou região passa pelo setor agrícola. A partir da agricultura é que surgem possíveis investimentos em outros setores, como o setor de serviços e industrial.

A produção agrícola é a principal mantenedora do sistema econômico regional aonde se encontra o município de Lucas do Rio Verde, constitui-se também como a principal alavanca que impulsiona o crescimento econômico para o Estado de Mato Grosso.

As pequenas áreas de produção constituem-se em locais próximos da cidade, e distribuem-se em pequenas chácaras que vivem da exploração comercial do leite e derivados, do plantio de hortaliças e frutas e da produção de mel, peixe e outros produtos. A comercialização se dá nos mercados e na feira do produtor, essa é realizada duas vezes por semana, aonde se mantém uma associação de produtores locais, já que os mesmos não conseguem competir com a produção de grãos em larga escala.

As médias e grandes áreas de produção especializaram-se em produzir grãos e fibras como soja, milho e algodão. Algumas dessas áreas produzem em pequenas escalas feijão, arroz, sorgo, milheto e outros produtos como forma de diversificação da produção e aproveitando o mercado momentâneo.

 

1 - Produção da Soja

A soja é considerada o produto de sustentação da balança comercial brasileira, e assim indispensável para a manutenção de vários setores, dentre esses, o de óleo vegetal, farelo, rações para alimentação animal e para o próprio consumo humano.

O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, o Estado do Mato Grosso é o maior produtor do país e o município de Lucas do Rio Verde é considerado o 5° maior produtor do estado. Assim, a soja é o principal produto agrícola cultivado no município, sendo responsável quase que totalmente pela economia local.

 

2 – Produção de Milho

O município é um dos grandes produtores nacionais de milho segunda safra, especializando-se na produção dessa cultura. O milho, além de atuar na cadeia regional de produção de grãos, atua também nas cadeias produtivas de suínos e frangos de outros estados brasileiros.

Essa característica, de certa forma, impulsiona a produção local, que é uma das mais importantes para o Estado de Mato Grosso. A agregação de valores através da diversificação econômica pode vir a gerar a industrialização do produto no mercado local trazendo geração de empregos e renda, impulsionando a economia da cidade, além de contribuir para o incremento da geração de imposto para os cofres municipais, sendo importante também para o crescimento econômico e para o PIB municipal.

 

3 – Produção de Algodão

Apesar dos riscos e das poucas áreas de produção, o algodão é uma cultura altamente competitiva que traz muitos benefícios para o município, principalmente para o setor industrial.

Um fator importante quanto a cultura do algodão é referente a tecnologia. Para cultivar o algodão, é necessário um grande investimento em máquinas e insumos, desde o plantio até a colheita do produto. Esse talvez seja o principal fator que impede que haja uma produção maior e mais áreas cultivadas no município.

 

4 – Produção de Feijão

A cultura do feijão não é voltada à exportação, seu consumo é interno, e por essas circunstâncias não é muito cultivado pelos produtores rurais do município, sendo esta, mais voltada para a base familiar.

 

5 – Produção de Arroz Sequeiro

Como o feijão, o arroz é pouco explorado no município, apresentando baixos volumes de produção e sendo utilizado, na maioria das vezes, como cultura para correção da acidez do solo após a abertura de novas áreas para plantio de soja e outros produtos.

Porém, a região onde Lucas do Rio Verde está inserido apresenta uma grande produção desse produto, tendo o município de Sinop (localizado a 150 Km ao norte) como maior produtor da região.

A cultura do arroz sequeiro é explorada como um diferencial nas pequenas e médias propriedades, e a exploração industrial desse produto pode ser feita para a fabricação de ração animal para peixes e suínos, substituindo o farelo de milho, e para o consumo humano.

 

6 – Produção de Sorgo

A cultura do sorgo é concorrente direto do milho, e utilizado para incorporar massa seca a terra para ajudar no plantio das próximas culturas, como a cultura da soja.

O sorgo não apresenta poder de competição em termos de preço, sendo, comercialmente, aproximadamente 50% mais barato que o milho. Utilizado como cultura para rotação, tem pouca importância econômica, porém sua produção é maior do que a produção de arroz e a produção de feijão no município.


1 – Suínos


A suinocultura é um investimento agregado junto à produção de grãos, podendo ser incorporada como uma alternativa rentável para as famílias rurais. O município de Lucas do Rio Verde conta com uma atividade potencial, pois gera produção de milho e soja suficientes para a manutenção da cadeia regional, como também para manter as cadeias provenientes de outros estados.

A suinocultura é um investimento altamente viável devido à rapidez do retorno sobre o capital investido, pois essa é uma atividade de curto prazo, isso porque um suíno está pronto para o abate com apenas 90 dias.
Um dos fatores importantes sobre essa atividade é a parceria que se forma em torno dessa produção. Empresas com potencial de investimentos têm nessa atividade sua fonte de sustentação bancando o financiamento para as estruturas, rações, matrizes e medicamentos, além de treinar a mão-de-obra.

Assim os produtores locais e as empresas unem-se em uma espécie de parceria onde há a produção e entrega da matéria-prima, o treinamento da mão-de-obra e comercialização dos equipamentos e estruturas físicas e a industrialização e comercialização do produto final. Temos ainda como fatores de destaque o clima, a água, a matéria-prima em abundância e a mão-de-obra.

Outro fator é o interesse pela carne suína em outros países. O nível de exportação de carne suína cresceuconsideravelmente nos últimos anos.

 

2- Produção de bovinos

Na bovinocultura de corte predomina a raça Nelore, criado em pastagens extensivas. Nos últimos anos as pastagens têm sido transformadas em áreas de lavouras restando um rebanho pequeno.

O confinamento de bovinos é uma atividade que vêm surgindo como alternativa para uma terceira safra no município, sendo toda a produção de carne para exportação. A produção de leite no município está sendo retomada, em 2006 foi de 1.000 litros por dia onde é recebido pelo laticínio Lactivit.


A nova unidade agroindustrial da Sadia visa ser uma referência no mercado tanto no que diz respeito à adoção dos mais avançados processos tecnológicos do mundo quanto à questão da sustentabilidade do negócio, considerando a preservação do meio ambiente, das comunidades e de todas as partes interessadas que estão sob a área de influência do empreendimento.

Modernidade e desenvolvimento sustentável, aliás, norteiam como um todo o projeto da Sadia em Lucas do Rio Verde, construído numa região de transição entre os biomas da Amazônia Legal e do cerrado. Um bom exemplo nesse sentido é o programa Lucas do Rio Verde Legal, por meio do qual a Sadia e o Instituto Sadia são parceiros da Prefeitura de Lucas do Rio Verde, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, da Procuradoria Geral do Estado e da The Nature Conservancy (TNC), ONG que é uma das principais referências no tema no mundo, dentre outras organizações públicas e privadas do Mato Grosso. O trabalho conjunto tem por objetivo maior a regularização socioambiental das propriedades rurais da cidade, compatibilizando o desenvolvimento agropecuário e agroindustrial com a conservação ambiental da região.

A meta do projeto Lucas do Rio Verde Legal é que o município figure nos cenários estadual e nacional como aquele que não possui passivos florestais e trabalhistas nas atividades agropecuária e agroindustrial. O modelo a ser implementado nesse projeto poderá servir de orientação aos processos de desenvolvimento local e regional para o futuro desenvolvimento regional da Amazônia. O projeto inclusive já foi destaque municipal da primeira edição do “Prêmio Brasil de Meio Ambiente”, em 2007, promovido pelo Jornal do Brasil e pela Revista JB Ecológico, em parceria com a Gazeta Mercantil e a Revista Forbes Brasil.

A Sadia também realizou em 2006 um estudo das questões socioambientais da soja e agropecuária na Amazônia em parceria com a ONG Imaflora para entender a complexidade da região onde a unidade produtiva está sendo instalada, com o objetivo de torná-la um modelo em desenvolvimento sustentável no mercado brasileiro. Dentro desse contexto, a empresa aderiu à moratória da soja do Greenpeace, que prevê a não compra de grãos provenientes de áreas desmatadas do Bioma Amazônico após julho de 200. A finalidade maior da moratória é impedir o desmatamento na Amazônia, por meio de uma aliança entre ONGs, produtores, supermercados e cadeias de fast-food. A instituição criou inclusive um grupo de trabalho da soja, composto por representantes do setor, ONGs e sociedade civil, para tratar do mapeamento e do monitoramento da Amazônia, de questões de conscientização e educação, além de exercer o relacionamento institucional da iniciativa.

Outra ação importante da Sadia, por meio do Instituto Sadia, no município é o projeto Semeando a Educação. Resultado de uma parceria com a Prefeitura Municipal, o programa de educação ambiental voltado para crianças da 4ª série do ensino fundamental e do 1º ano do colegial do ensino médio, tem como missão ampliar a consciência de crianças e jovens que serão os futuros tomadores de decisão da localidade. A ação prevê também a instalação de um viveiro de mudas nativas no Horto Municipal de Lucas e o reflorestamento de áreas urbanas degradadas.

Com relação às operações industriais, os equipamentos que vêm sendo comprados estão entre os mais modernos disponíveis no mercado. Em todas as etapas do projeto – até chegar ao pleno funcionamento das fábricas -, a Sadia fará um rígido e eficiente tratamento de efluentes, dentro dos mais altos padrões internacionais, além de monitoramentos do solo, da água e do ar nas áreas de influência da unidade. “Nossa idéia é construir em Lucas do Rio Verde um novo conceito de agroindústria no País”, finaliza o diretor presidente da Sadia, Gilberto Tomazoni.