18/05/2024 12:06:43
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(Foto: Ascom/Carolina Matter)
Com o início do período chuvoso, os problemas decorrentes da utilização equivocada do sistema de esgoto aumentam. O lançamento indevido das águas de chuvas e de piscinas na rede coletora e de materiais diversos, por exemplo, ocasiona obstruções, extravasamentos e até o retorno do esgoto às residências e poços de visita.
Em Lucas do Rio Verde, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) detectou também outro problema, a sobrecarga na rede de esgoto sanitário. Isso acontece porque o sistema não é dimensionado para receber o grande volume das águas pluviais e de uso doméstico e a capacidade de transporte fica prejudicada pelo excesso de líquido e resíduo. “Muitas moradias jogando águas de calhas e de piscinas na rede compromete o sistema de tratamento, pois o acúmulo de água gera transtornos e problemas graves a todo sistema”, explica o diretor do Saae, Pedro Góis.
Atualmente, cerca de 28% do município fazem parte do sistema de tratamento de esgoto, incluindo os bairros Pioneiro, Centro, Parque das Américas, Jaime Seiti Fujii, Téssele Junior e parte do Menino Deus. Todos os dias, as águas e resíduos desses locais são encaminhados para uma elevatória, que bombeia para as lagoas de tratamento onde vão passar pelo processo de decantação. Depois de análises necessárias, são esgotados no Rio Verde.
De acordo com a autarquia, mensalmente são coletados e tratados, em média, 36.700 m³ de esgoto. Em determinados períodos, como o de chuva, por exemplo, o volume de águas e resíduos aumenta e a elevatória, responsável pelo transporte dessa quantidade, passa a trabalhar 10 horas a mais por dia. “As bombas, que normalmente são acionadas durante 14 horas em um dia, passam a bombear o volume na capacidade máxima, de 24 horas/dia, o que aumenta o consumo de energia e o desgaste dos equipamentos”, frisou Góis.
Para garantir o bom funcionamento da rede de esgoto, o Saae realizará nos próximos dias a verificação dos imóveis. Através de um equipamento de distribuição, acoplado aos poços de visita, uma fumaça branca e inofensiva à saúde fará o caminho contrário das águas e resíduos. Assim, será possível detectar as residências e os comércios com instalações irregulares. Os proprietários desses locais identificados serão notificados e terão prazo de 15 dias para regularizar a situação. “Se o problema não for solucionado, o munícipe estará sujeito a multa de R$ 1.500”, salientou o diretor.
Para os moradores de Lucas do Rio Verde, a orientação é que sejam observadas algumas regras de utilização da rede coletora de esgoto. Materiais como plásticos, panos, pedaços de madeira, entulhos de construção, óleo de cozinha, são alguns dos vilões que provocam problemas para o bom funcionamento do sistema.
É importante observar também que não pode ser jogado lixo no ralo de pias e no vaso sanitário (resto de comida, papel, absorventes, preservativos, cabelo, plástico, etc); é preciso limpar periodicamente a caixa de gordura; não fazer ligação na rede de esgoto para escoar água de chuvas nem jogar lixo; não descartar óleo de cozinha nem borra de café no ralo da pia, pois esses materiais entopem a rede e poluem o meio ambiente.
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto orienta para que a população fique mais atenta aos horários de coleta de lixo e informa que o mau uso da rede de esgoto sanitário pode gerar problemas aos próprios usuários do sistema público. “Saneamento básico é necessário. A cada R$ 1 investido nessa área, a economia é de R$ 6 na saúde pública”, finalizou Pedro Góis.